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Vem




Vem
Vem que o tempo dir-te-á o que és...
Vem
Descobre o que é o brilho escuro da noite
Talvez compreendas o que me faz atirar papagaios de papel pela janela do universo
Enquanto dou um trago de vinho do Porto, sucumbindo à amargura das horas
Em que as unhas se desfazem roídas de ponta a ponta
Como uma rocha desgastada pela erosão

São essas mãos assim
Como o precipício
Que me separa da verdadeira imensidão
Que é o sonho profundo e belo
Que sou eu e tu
Em volta de um cavalo a voar...



Pedro Campos.

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